Ditadura militar: as marcas da repressão em Porto Alegre
Calabouço do Rato Branco
Construído no século XIX, a casa pertenceu a Manoel Marques de Souza, o conde de Porto Alegre.
![](https://static.wixstatic.com/media/e65e4d_b572adc2548c40a8a79fc706276c0404~mv2.jpeg/v1/fill/w_600,h_450,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/e65e4d_b572adc2548c40a8a79fc706276c0404~mv2.jpeg)
Quem passa pelo grande sobrado na Rua General Canabarro não imagina sua história. Nascido em família rica e de tradição militar, Manoel Marques de Souza foi um importante personagem político na história do estado.
A majestosa construção que hoje abriga o Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Rio Grande do Sul já foi uma delegacia oculta do DOPS.
![](https://static.wixstatic.com/media/e65e4d_8a2989c428a446e7b530a520b19f8842~mv2.jpg/v1/fill/w_600,h_450,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/e65e4d_8a2989c428a446e7b530a520b19f8842~mv2.jpg)
![](https://static.wixstatic.com/media/e65e4d_a56bde6f522449f1b45d226ebbc30763~mv2.png/v1/fill/w_113,h_150,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/e65e4d_a56bde6f522449f1b45d226ebbc30763~mv2.png)
Durante a ditadura, o casarão foi utilizado para detenções temporárias, além de torturas físicas e psicológicas. Era conhecido como o Calabouço do Rato Branco, porque os agentes militares utilizavam capacetes brancos.
Além da sede do IAB, a casa também conta com o Espaço Cerco Cultural, local em que o Grupo Cerco, de teatro, realiza eventos, cursos, ensaios e apresentações.
![](https://static.wixstatic.com/media/e65e4d_37c5eec1035f461a9557660b73a7e2c3~mv2.png/v1/fill/w_113,h_150,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/e65e4d_37c5eec1035f461a9557660b73a7e2c3~mv2.png)
![](https://static.wixstatic.com/media/e65e4d_ac5cebd4ac3f457e8b496223089cca36~mv2.jpg/v1/fill/w_108,h_61,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/e65e4d_ac5cebd4ac3f457e8b496223089cca36~mv2.jpg)
Martina Frölich, integrante do Grupo Cerco, diz que o grupo chegou ao prédio com o objetivo de ressignificar o espaço: "Queríamos ocupar este espaço de uma forma criativa, de uma forma que reverta esse histórico tão ruim. A gente veio com o objetivo de trazer luz."
Para Maria Lúcia Bandejo, jornalista e idealizadora do Walking Tour Contra a Ditadura, é essencial que possamos enxergar que violações aconteceram e deixaram marcas. "Se a gente for derrubar tudo que vai contra o que a gente acha que é certo, daqui a pouco vai parecer que aquilo nunca existiu. O que nós precisamos é justamente mostrar e ressignificar essas marcas materiais".
Imagens: Grégorie Garighan, Luísa Teixeira, Sophia Maia e Valentina Bressan
![](https://static.wixstatic.com/media/e65e4d_d82c0c54ce514886a1b977bb96d6d10b~mv2.jpeg/v1/fill/w_113,h_150,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/e65e4d_d82c0c54ce514886a1b977bb96d6d10b~mv2.jpeg)